Tomamos café no The Pantry, café/restaurante famoso aqui de Santa Fe, operando desde 1948. Jantamos duas vezes aqui, também. Comida mexicana, basicamente (claro...), com algumas outras opções. Hoje pedimos as French Toasts
deles. São torradas de pão-de-forma, feitas à milanesa com sucrilhos, recheadas de cream cheese e cobertas de calda de framboesa e morango. Tudo bem diet.
French Toast do "The Pantry |
Depois, lavamos roupas e saímos para visitar o Bandelier National Monument, que é um sítio histórico com inscrições rupestres, ruínas de um antigo povoado, cânions e florestas lindíssimos. Se quiserem visitar o website do parque cliquem aqui. Vale muito a pena.
O caminho é na estrada para Los Alamos, cidade onde viveram os cientistas responsáveis pela construção da bomba atómica. A estrada é linda e, desta vez, cheia de curvas! Diferente de tudo o que rodamos até aqui.
No caminho vê-se muito cassinos. Ao lado, mais a leste, está a cidade de Las Vegas. Não é a famosa, não! É a daqui do Novo México, mas os locais dizem que está é a verdadeira. Se é isto ou não o fato é que as duas têm o jogo como fonte principal de renda.
Esta é a "Camel Rock", pertinho da cidade de Las Vegas (a outra!). |
O Bandelier é lindo! Tudo muito organizado com trilhas divididas pela dificuldade do percurso e/ou tempo para cumpri-las. Eu confesso a vocês que o Parque Nacional Serra da Capivara é mais bonito, o número de pinturas e inscrições rupestres é estupidamente maior e os acessos às pinturas deixam o visitante bem pertinho. Mas aqui existe a organização e o cuidado típicos americanos.
Há uma trilha básica, que fizemos em aproximadamente meia hora, e, claro, pode-se acampar dentro do parque e explorar outros lugares. Há um centro de visitantes, com restaurante, loja e museu. Abaixo, fotos do local:
Paredão do vale, com as tocas habitadas pelos povos locais |
Inscrição em baixo-relevo no Bandelier National Monument |
Parte da vila, em formato circular |
A vila, de formato circular, vista de cima |
Habitações escavadas nas paredes das escarpas do vale |
Além de escavar as escarpas. o povo que ocupava o vale também usava estas mesmas escarpas como apoio para habitações de pedra |
Vista do vale do Bandelier National Monument, ocupado há pelo menos 10 mil anos. |
No parque há uma loja com artigos da região. Pontas de flecha, tapetes, recordações, postais, etc., podem ser adquirido. Fomos muito bem atendidos pelo Todd, que ficou curiosíssimo a respeito de nossa viagem e queria saber tudo sobre o Brasil. Parece que ele que conhecer a terrinha...
Voltamos para Santa Fe e tentamos encontrar algumas placas da Route 66 no centro da cidade. Pelo que soubemos, o traçado original, até 1937, quando a estrada ainda não era pavimentada (imaginem viajar 2.800 milhas sem asfalto...), passava pelo centro de Santa Fe, mudando depois da pavimentação, em 1938, para sua periferia.
Não encontramos as placas, mas acabamos por conhecer o Marc, americano que trabalha com arte e que morou por muito tempo na Europa. Fala o espanhol quase que sem sotaque e tem uma loja de antiguidades em Scottsdale, Arizona. Durante a alta estação em Santa Fe, ele abre uma filial nesta cidade, para vender obras de arte colonial aos turistas.
Ele é engraçadíssimo, com um senso de humor muito refinado e saiu-se com a frase "Santa Fe and Albuquerque are the best of the US third world", ou seja, Santa Fe e Albuquerque são o melhor do Terceiro Mundo norte-americano... Ele acha que o Novo Mexico é um lugar totalmente incivilizado... Concordamos com ele após conhecermos Farmington e Shiprock (mais sobre isto em algum post seguinte).
Conversamos com ele, também, sobre nosso roteiro. Dissemos que ainda não havíamos decidido se iríamos para o norte, para Monument Valley, na divisa entre o Arizona e Utah, ou para o sul, para El Paso, TX. Ele nos falou, então, sobre Vallez Caldera, perto de Los Alamos. Disse que seria interessantíssimo passarmos por lá e que de moto seria melhor ainda.
Decidimos, então, pela opção norte, passando por Vallez Caldera e Monument Valley.
71,7 milhas |
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